segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Selvagem

   Mais uma vez esses sonhos, estou caindo no infinito, não consigo me segurar, não há ninguem para me salvar e eu não estou parando. Então eu ouço uma voz dizendo que essa é minha recompensa por tentar reanimar a Liberdade. Minhas mãos estavam arrancadas, eu até sentia o arder da carne na palma sensível, como se estivesse molhada em perfume, mesmo assim eu não chorei, o cheiro era bom. Sangue.
   Eu tentei fugir, tentei ser o caçador, tentei sair à caça e até me senti tão selvagem que eu poderia farejá-lo, sozinho poderia fazer qualquer coisa. Você simplesmente não me conheceu quando fui um caçador, você quase não conheceu a selvageria, a guerra entre predadores. Não era mal era apenas natural.

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